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Teste físico


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Sobre o teste de aptidão física (TAF) - SD PM 2ª CL


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Introdução

Há muito se discute no sentido de que uma boa qualidade de vida pressupõe o treinamento ou prática de exercícios físicos regulares (MATHEUS, 1978; CASPERSEN et al., 1985; MELLION, 1997; NIEMAN, 1999). De acordo com diferentes autores o sedentarismo é o fator de risco de doenças crônicas não transmissíveis mais prevalentes na população. A saúde na atualidade é um tema bastante discutido no meio acadêmico, devido seu conceito ter uma característica dinâmica, que abrange não somente a ausência de doença, mas um aglomerado de fatores que associados e equilibrados tendem a levar o indivíduo a um estado positivo de saúde. Neste contexto, a saúde se identifica com uma multiplicidade de aspectos do comportamento humano, voltados a um estado de completo bem–estar físico, mental e social (WHO, 1978). Dentro dessa concepção, não basta apenas não estar doente para ter saúde, é preciso apresentar evidência de estado pleno de saúde. Um dos fatores que passam a completar um estado de bem-estar do indivíduo é a aptidão física voltada a saúde, que é definido por PATE (1988), como a capacidade de realizar as tarefas diárias com vigor sem demonstrar sinais de fadiga excessiva. Segundo PATE (1988) a aptidão física voltada à saúde é formada por alguns componentes básicos, que, quando desenvolvidos adequadamente e mantendo-se em níveis satisfatórios, garantem possibilidades melhores de saúde dos indivíduos. Esses componentes básicos são: composição corporal, capacidade aeróbia, força e flexibilidade; além destes fatores funcionais motores, as variáveis fisiológicas: pressão arterial, glicemia e níveis de gordura no sangue completam a aptidão física voltada à saúde ou a atitudes que afastem ao máximo os fatores de risco que possam provocar doenças. MATSUDO et al. (2000) em estudo sobre a relação entre o envelhecimento e seus efeitos sobre os níveis de atividade física menciona que nos aspectos neuromotores, o aumento da idade cronológica é acompanhado por uma perda da área dos músculos esqueléticos, explicada pela diminuição do número e tamanho das fibras musculares (em especial, das fibras de contração rápida do tipo IIb) e uma perda gradativa da força muscular e, portanto, do desempenho neuromotor. Nas variáveis metabólicas menciona, que os principais efeitos, em relação a aptidão física, acontecem na diminuição da potência aeróbia (consumo máximo de oxigênio) em torno de 1% por ano, mesmo em indivíduos ativos, contudo, pouco se sabe em qual intensidade e se há alteração destas características no Policial Militar, quer por seu estilo de vida ou pelas demandas próprias de seu cotidiano profissional. No mesmo estudo menciona ainda que esses efeitos deletérios do envelhecimento têm sido apresentados especialmente em estudos transversais, com grupos de ambos os sexos e faixas etárias variando dos 20 aos 90 anos de idade, com escassas evidências de estudos longitudinais. Destacam que os efeitos da perda começam a ser aparentes em torno dos 50 anos de idade e na maior parte das variáveis da aptidão física, a perda é gradativa e em torno de 1% ao ano ou 10% por década de vida. No entanto, os indivíduos ativos apresentam também alterações na aptidão física com o processo de envelhecimento, essas perdas parecem ser menores, em relação aos indivíduos sedentários. Esses efeitos deletérios naturais podem ser potencializados, conforme questões outras como estilo de vida, herança genética, alimentação etc. Conhecer o nível de condicionamento físico de um determinado segmento e seu ritmo de evolução possibilitará a adoção de medidas de incremento ou de correção de rumos para se manter ou atingir níveis de treinamento adequados ao que se tenha como ideal e necessário. As ferramentas utilizadas para obtenção de tal conhecimento são muitas, algumas passam por laboratórios, outras pela obtenção direta por meio da aplicação, por exemplo, de questionários, e, a que nos interessa, por meio da aplicação de testes físicos que obedecem protocolos determinados, destinados a delinear o estado geral de condicionamento físico quer quanto ao indivíduo, quer quanto ao grupo de estudo a que pertença após o devido tratamento estatístico. Ao longo do tempo, foram se modificando as formas e os objetivos da aplicação dos testes, medidas, análises e avaliações. Dessa forma, pode-se dizer que o homem e a sociedade evoluíram. As unidades de medida foram padronizadas e inúmeros estudos e pesquisas científicas foram e vêm sendo feitos frequentemente para responder as questões humanas, utilizando sempre testes, medidas e avaliações. Na área do movimento humano a avaliação tem um importante papel que é fornecer as respostas necessárias à elaboração de um correto programa de atividade física individual ou a um grupo de estudo pela elaboração de um padrão ou política de treinamento. Em outras palavras, para que uma atividade física atinja o objetivo que pretende, é necessário que a carga de trabalho motor seja individualizada, ou seja, para que seja benéfica ao praticante, faz-se necessária uma avaliação física voltada ao objetivo individual, com variáveis que forneça dados importantes na elaboração e reajuste dos programas de atividade física. Quanto mais informações houver referentes ao avaliado, melhor será a prescrição do treinamento físico ideal. Neste contexto que a Polícia Militar do Estado de São Paulo criou, a partir de muitos estudos, um conjunto de testes conhecidos como Teste de Aptidão Física (TAF) destinados a aferição das valências físicas necessárias ao bom desempenho do trabalho policial militar, além de sinalizarem importante estado de condicionamento físico necessário a um estado geral de saúde e de qualidade de vida satisfatórios sob a égide do agir (movimento e realização de trabalho). É objetivo deste trabalho explicar o que é, quais tipos existem, suas finalidades e os diversos públicos a que se destinam tais Testes de Aptidão Física, existentes e em vigência na Corporação.
HISTÓRICO SOBRE AVALIAÇÃO E O TESTE DE APTIDÃO FÍSICA A evolução dos testes e medições ocorreu ao longo dos anos, mas somente a partir de 1880 observa-se uma grande preocupação com o assunto havendo um significativo crescimento em termos de pesquisa e aplicações. BARBANTI (1987) afirma: “Particularmente depois de 1920, métodos em educação física foram enriquecidos pelo uso difundido de testes, medições e instrumentos de avaliações”. Historicamente, o homem como um ser natural, já na pré-história realizava atividades físicas indispensáveis ao seu próprio cotidiano, como longas caminhadas, perseguição à caça, transporte de animais abatidos, lutas e outras ações que aliavam sua sobrevivência à educação física, tudo isto realizado constantemente facultava ao homem primitivo um extraordinário desenvolvimento muscular que o caracteriza, obedecendo a “Lei da Fisiologia”: “movimentos continuados e repetidos desenvolvem órgãos e aperfeiçoam funções”. Na antiguidade, a educação física esteve sempre presente tendo como apogeu as civilizações greco-romanas. O homem vivia em contato direto com a natureza e neste convívio movimentava-se em intensidade e qualidade que suficientemente estimulava todos seus sistemas. Já nos meados do século XIX, a atividade física era introduzida em escolas militares sob a forma de esgrima (sabre, florete e esgrima baioneta com as modalidades), ginástica coletiva, natação, tiro ao alvo, hipismo e aplicações militares. Sendo assim, dentro dessa evolução surge a aptidão física como um pressuposto básico para os integrantes das instituições militares. Seguindo essa mesma idéia, em dado momento surgiu a percepção de que, assim como a sociedade paulista em geral, o Policial Militar Bandeirante sofria dos males e características do sedentarismo causados pelo estilo de vida do homem moderno, contudo, não existiam ferramentas eficazes o bastante e com a precisão científica necessária, que demonstrassem o grau de condicionamento físico tanto enquanto ao indivíduo avaliado, quando da coletividade deste grupo social. Isto tudo aliado a premissa de que por força de sua atividade, o Policial Militar sempre precisou possuir um nível de condicionamento físico acima da média populacional em que está inserido para bem desempenhar suas funções por motivos diversos tais como: características do serviço (que invariavelmente levam ao stress físico e mental), horário de trabalho com turnos variáveis, escassez de atividades adequadas a educação física e tantas outras dificuldades enfrentadas pelo policial militar. Houve então a necessidade sentida pela Instituição de elaborar um mecanismo que pudesse avaliar o condicionamento físico geral de seu efetivo. Esse mecanismo deveria estar alicerçado cientificamente, apresentando critérios objetivos, confiáveis e aplicáveis. Deveria ainda estar em perfeita sintonia com o Manual Básico de Policiamento Ostensivo (M-14-PM), por ser este o embasamento técnico mais atual e científico em uso na Instituição à época, abordando as diversas técnicas de policiamento e seus procedimentos básicos. A partir daí identifica-se as qualidades físicas necessárias ao policial militar para que obtenha um bom desempenho profissional. Seja num simples caminhar, durante um policiamento a pé, seja eventualmente travando uma luta corporal contra um infrator da lei, ou transportando um ferido etc. Quando um educador físico prepara um atleta para um determinado esporte, ele procura desenvolver qualidades físicas importantes para aquela modalidade desportiva, e foi assim que o TAF foi implantado na Corporação, com o fim de despertar a tropa à prática da atividade física, para melhor desenvolver suas várias atividades no policiamento ostensivo geral. Um grupo de Oficiais Instrutores da Escola de Educação Física, todos atuantes na área, com o propósito de abordar cientificamente o problema, basearam-se num trabalho do CELAFISCS (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul), no final dos anos 80 e início dos anos 90, com um solução viável no tocante a um conjunto de teste que viesse a demonstrar o verdadeiro estado de condicionamento físico geral da tropa, para isso foram analisados como amostra os seguintes públicos: 1) 100 (cem) alunos e alunas do Colégio da Polícia Militar entre 16 e 18 anos;
2) 50 (cinquenta) alunos e 50 (cinquenta) alunas da Escola Técnica Federal de São Paulo,
entre 16 e 18 anos; 3) 70 (setenta) Policiais Militares, masculinos e femininos, com idade entre 30 e 46 anos,
candidatos do curso do quadro de Oficiais de Administração da PMESP, originando-se assim as tabelas utilizadas à época como referência, culminando-se no que se tem atualmente.

Conceitos sobre os testes de aptidão física - terminologia

Testes: “são grupos de gestões, problemas ou exercícios para determinar o conhecimento, as habilidades, a aptidão ou a qualificação de uma pessoa. São verificações das diferentes capacidades, que se processam com bases científicas e fornecem dados com critérios estatísticos, e com observação dos fundamentos de validade, confiança e objetividade”
Para o termo atividade física, encontramos na literatura diversas definições (CASPERSEN et al, 1985) e, posteriormente, SHEPHARD e BALADY (1999), definem atividade física como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resultem em gasto energético, não se preocupando com a magnitude desse gasto de energia. Estes autores diferenciam atividade física e exercício físico a partir daintencionalidade do movimento, considerando que o exercício físico é um subgrupo das atividades físicas, que é planejado, estruturado e repetitivo, tendo como propósito a manutenção ou a otimização do condicionamento físico. Ainda para PATE et al.(1988) e CASPERSEN et al. (1985) essas definições podem ser complementadas assinalando que o exercício tem como objetivo melhorar um ou mais componentes da aptidão: condição aeróbia, força e flexibilidade. Complementando essas definições temos as propostas por FAHEY et al. (1999), nas quais a atividade física define-se como qualquer movimento do corpo realizado pelos músculos que requer energia para acontecer, podendo ser apresentado em um “continuum”, com base na quantidade de energia despendida. Como exemplos teríamos que subir escadas ou simplesmente caminhar são atividades fáceis que precisam de pouco esforço e gastam pouca energia, considerando que essa realização seja feita por pessoas sadias. Já andar de bicicleta ou correr alguns quilômetros demanda uma habilidade e um gasto energético consideravelmente maior. Exercício físico para eles se diferencia também pela intencionalidade e planejamento, enquanto a expressão aptidão física representaria a habilidade do corpo de adaptar-se às demandas do esforço físico que a atividade precisa para níveis moderados ou vigorosos, sem levar a completa exaustão. Dentro deste contexto, a questão da aptidão física é abordada por GUEDES (1996) em seu capítulo nas “Orientações Básicas sobre Atividades Físicas e Saúde para Profissionais das Áreas de Educação e Saúde”, definindo-a como “um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite a cada um não apenas a realização das tarefas do cotidiano, as ocupações ativas das horas de lazer e enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, mas, também, evitar o aparecimento das funções hipocinéticas, enquanto funcionando no pico da capacidade intelectual e sentindo uma alegria de viver”. Propõe também que a aptidão física seria a capacidade de realizar esforços físicos sem fadiga excessiva, garantindo a sobrevivência de pessoas em boas condições orgânicas no meio ambiente em que vivem. Os componentes da aptidão física englobam diferentes dimensões, podendo voltar-se para a saúde e abrangendo um maior número de pessoas, valorizando as variáveis fisiológicas como potência aeróbia máxima, força, flexibilidade e componentes da composição corporal, podendo voltar-se para as habilidades desportivas em que as variáveis, tais como agilidade, equilíbrio, coordenação motora, potência e velocidade, são mais valorizadas, objetivando o desempenho desportivo. SHEPHARD e BALADY (1999) ressaltam ainda a inter-relação e a diferença entre as intensidades de exercício absoluta e relativa, quando definimos a quantidade ou a dose de atividade física ou de exercício de um indivíduo. A dose de exercício se refere à quantidade de energia despendida nas atividades físicas que requerem movimentos musculares e de repetição e pode ser expressa em quilojoules ou quilocalorias. A intensidade absoluta reflete a taxa de energia gasta durante o exercício e pode ser expressa em METs ou kJ.min-1, enquanto a intensidade relativa se reflete na porcentagem relativa da potência aeróbia máxima que é mantida durante o exercício e é expressa como a porcentagem do consumo máximo de oxigênio. Após definirmos atividade física, exercício e aptidão física, esclarecemos que a saúde não se caracteriza apenas como um estado de ausência de doenças nos indivíduos (BOUCHARD, 1990 et. al. – CRAMER, 1998), mas como um estado geral de equilíbrio no indivíduo, nos diferentes aspectos e sistemas que caracterizam o homem; biológico, psicológico, social, emocional, mental e intelectual, resultando em sensação de bem-estar. Para esses autores, a saúde é um continuum com pólos positivos e negativos. Os pólos positivos são associados à capacidade das pessoas de aproveitar a vida e de superar desafios e não apenas ausência de enfermidades, enquanto o pólo negativo é associado com a morbidade e, em seu extremo, com a mortalidade, entendendo a primeira como um estado de saúde, resultado de uma doença específica. Já a mortalidade é usualmente definida em termos específicos para um determinado grupo populacional, levando em conta o sexo e a faixa etária. Por fim quando ouvimos a expressão qualidade de vida, podemos ter uma idéia conceitual sobre ela, mas defini-la não tem sido tarefa das mais fáceis. Adotaremos a postura de discutir um pouco, na medida em que a palavra “qualidade”, para o senso comum, pode significar uma coisa boa. Todavia, se observarmos a definição expressa no dicionário do Aurélio (FERREIRA, 1982), temos “propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas capaz de distingui-las das outras e de lhe determinar a natureza”, observaremos que esse atributo ou condição pode ser positivo ou negativo. Quando falamos na relação entre a atividade física e a qualidade de vida, precisamos estar conscientes de que essa relação pode ser negativa, seja pela ausência de resultados positivos para a saúde, seja pela ausência de atividade física ou também por efeitos deletérios que a atividade física pode causar à saúde e conseqüentemente à qualidade de vida do cidadão. Quando ampliamos os efeitos de uma vida ativa fisicamente para além da saúde e colocamos os efeitos do exercício, adequadamente realizado, como fator indispensável para a melhoria na qualidade de vida de um dado indivíduo, aí estamos partindo da premissa de que alguém inativo e sedentário não têm boa qualidade de vida. Contudo, a classificação de uma qualidade de vida boa ou ruim está diretamente relacionada à maneira do indivíduo entender o sentido da vida. Talvez um indivíduo de 30 anos, intelectual, artista plástico, fumante moderado, com nível normal de estresse inerente à profissão e sedentário, seja um candidato em potencial para contrair doenças crônico-degenerativas, mas que, se arguido sobre o seu nível de qualidade de vida, responda que o considera bom e que esse o satisfaz. A questão da qualidade de vida passa até mesmo pelas expectativas (baixas ou altas) das pessoas em relação à sua vida e à sua saúde. Com isto, toda vez que mencionarmos a palavra qualidade de vida estaremos considerando um nível de qualidade, respeitando as expectativas do indivíduo, mas principalmente considerando os padrões esperados para o seu gênero, idade, condição sócio- econômica e valores éticos e culturais. Não podemos considerar apenas as expectativas do indivíduo, uma vez que temos formação para avaliarmos esses padrões de modo profissional e por sabermos que existem pessoas com baixa estima e que têm, naturalmente, expectativas muito baixas para o seu bom nível de qualidade de vida, cabendo aos profissionais da área intervir veementemente para mudar esse quadro, respeitando, naturalmente, o livre arbítrio humano que confere aos indivíduos a capacidade de escolha sobre o que deseja para si, respeitando a sua escolha de interação com o meio ambiente em que vive. Esse fator de interação com o meio ambiente, além de ser genético, influencia sobremaneira tanto a quantidade como a qualidade de vida das pessoas (GUISELINI, 1999). Qualidade de vida pode ser vista em termos individuais, de grupos ou de grandes populações e os domínios de qualidade de vida mais freqüentemente descritos na literatura (CRAMER, 1998) dividem-se em quatro categorias: a) condição física e habilidades funcionais; b) condição psicológica e sensação de bem-estar; c) interação social; d) fatores e condições econômicas. Embora alguns autores citem os fatores sociais e econômicos como uma das categorias que devem ser levadas em consideração quando avaliamos a qualidade de vida de um indivíduo ou um grupo de pessoas, em países em desenvolvimento como o Brasil, devemos provavelmente considerar um outro fator: os direitos humanos (isto é, direito à educação, moradia, ao trabalho, ao emprego, à segurança pública...). Sem esses direitos básicos e primários garantidos, não podemos sequer iniciar uma avaliação sobre os níveis de qualidade de vida das pessoas. A qualidade de vida de uma pessoa não pode ser considerada, naturalmente, apenas pela via da saúde. Esse conceito ainda está por amadurecer, mesmo porque, se considerarmos saúde apenas como ausência de doenças, estamos tendo uma visão simplista e sectária desse conceito amplo que envolve outros fatores já citados anteriormente. Consideraremos a boa condição física como um desses fatores importantes para a prevenção e tratamento de doenças e manutenção da saúde, como um instrumento precioso para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Estudos epidemiológicos e documentos institucionais propõem que a prática regular de atividade física e uma maior aptidão física estão associadas a uma menor mortalidade e melhor qualidade de vida em população adulta (PAFFENBARGER, 1994). Não são poucos os trabalhos científicos que destacam o sedentarismo e o estresse como responsáveis por doenças hipocinéticas e reduções na qualidade de vida (REJESKI et. all, 1996). Existem cada vez mais dados demonstrando que o exercício, a aptidão e a atividade física estão relacionados com a prevenção, com a reabilitação de doenças e com a qualidade de vida (PATE et al, 1988). O Programa Padrão de Treinamento (PPT-4-PM) que regulamenta o treinamento físico e aplicação dos diversos TAFs na Instituição traz ainda os seguintes conceitos: Condicionamento Físico - "é o estado de aptidão física alcançado pelo policial militar através da prática de exercícios físicos específicos, que o habilita a executar de maneira otimizada suas funções na Corporação" (PMESP); Treinamento Físico - "é o conjunto de exercícios previamente programados que, executados pelo policial militar, darão a ele condições de manter e recuperar o condicionamento físico mínimo, indispensável para o exercício das funções policiais militares" (PMESP); Testes de Aptidão Física (TAF) - "bateria de testes físicos destinada a selecionar candidatos a ingresso na PMESP, a avaliar a aptidão física de policiais militares para freqüentarem cursos ou estágios, dentro ou fora da PMESP, e ainda avaliar o nível de condicionamento físico do contingente policial militar”; Oficial Instrutor de Educação Física – “é o oficial possuidor do Curso de Instrutor de Educação Física (CIEF), ministrado na Escola de Educação Física da Polícia Militar (EEFPM), ou de curso similar em nível de 3º grau, encarregado de assessorar seu comandante nos assuntos ligados à educação física na PMESP; conduzir a política de educação física em sua Organização Policial Militar (OPM), mantendo para tanto estreito contato, via canal técnico com a EEFPM; organizar a Seção de Educação Física em sua OPM; planejar, coordenar e executar o treinamento e avaliação física da tropa, seguindo as normas em vigor que regulam a matéria; promover a participação da tropa em competições desportivas dentro e fora da PMESP; planejar e coordenar a atuação dos Monitores de Educação Física, eventualmente existentes em sua OPM e ministrar aulas de educação física, além de missões específicas atinentes à área, emanadas de seu Cmt ou da EEFPM, via canal técnico”; Oficial de Treinamento Físico (OTF) - é o oficial ou aspirante a oficial, possuidor de curso de educação física, obrigatoriamente designado por seu Cmt para conduzir a política de educação física na OPM. Se na OPM não houver oficial ou aspirante a oficial possuidor de curso de educação física, o designado deverá se valer da assessoria técnica de oficial da EEFPM, na operacionalização das atividades ligadas à educação física em sua respectiva OPM; Seção de Educação Física - é o setor da OPM que, sob a chefia do OTF, centraliza a coordenação das atividades ligadas à prática de educação física. Em sua estruturação, deve possuir basicamente as publicações referentes à prática desportiva na PMESP e materiais desportivos para uso pela tropa; Monitor de Educação Física - é o subtenente ou sargento possuidor do Curso de Monitor de Educação Física (CMEF), ministrado na EEFPM, ou ainda o subtenente, sargento, cabo ou soldado possuidor de curso similar, em nível de 3º grau , encarregado de executar as atividades ligadas à prática de educação física e auxiliar na condução da política de educação física em sua OPM, de acordo com as orientações do OTF. Cabe-lhe ainda auxiliar tecnicamente o OTF não formado em educação física; Auxiliar de Treinamento Físico - é o subtenente ou sargento possuidor do Curso de Auxiliar de Treinamento Físico (CATF) habilitado a auxiliar o formado (possuidor do 3º grau) em Educação Física na aplicação do TAF e dar orientação básica para a prática de atividade física e desportiva; Candidato - visando facilitar a leitura programa padrão de treinamento, considera-se o homem ou a mulher, que dispute vaga para realização de curso ou estágio na PMESP; Avaliado - visando facilitar a leitura do programa padrão de treinamento, considera-se o homem ou a mulher que esteja sendo submetido ao TAF; Exame Médico Pré TAF - exames médicos aos quais devem ser submetidos os policiais militares, por ocasião da Inspeção de Saúde ou em outra ocasião, antes de realizarem o TAF. São de responsabilidade dos médicos da PMESP e têm, em princípio, validade anual, observados os critérios pertinentes do médico responsável e normas a respeito, baixadas pelo Centro Médico (C Med);

Por que avaliar ?

O tempo de vida do ser humano tem aumentado significativamente e ter uma vida longeva, hoje em dia, já não é uma grande vitória, quando a média atual de expectativa de vida nos países desenvolvidos está em torno de oitenta anos e quando as pesquisas biomédicas encontram dados que as permitem inferir sobre o potencial genético do homem para viver até mais de cem anos (ASTRAND, 1998). Para se viver muito, níveis dignos de sobrevivência e de direitos humanos devem ser respeitados e o cidadão deve ter acesso aos avanços científicos e tecnológicos das diferentes áreas relacionadas à saúde. Inovações em técnicas, procedimentos, medicamentos, vacinas e novos conhecimentos sobre alimentação e sobre os efeitos agudos e crônicos do exercício físico colaboraram para esse fenômeno. Existe um número cada vez maior de estudos e documentos que comprovam e relatam os benefícios da aptidão física para a saúde (ACSM, 1998). Pesquisadores nas áreas de exercício físico, Educação Física e de Medicina do Exercício e do Esporte, pelos métodos de pesquisa epidemiológica, já demonstraram que tanto a inatividade física como a baixa aptidão física são prejudiciais à saúde (PAFFENBARGER, 1994). Recentemente, PETRELLA e WIGHT (2000) verificaram que muito embora o aconselhamento sobre exercício físico seja freqüentemente realizado pelos médicos de família, eles relatavam que o pouco tempo disponível e a falta de conhecimento específico limitavam de certo modo essa prática. Na verdade, até mesmo a população já incorporou a idéia de que o “movimentar-se” faz parte de nossas vidas e que a sociedade moderna tende a ser privada veladamente do seu direito de ir e vir, de seu tempo ativo de lazer etc., seja por falta de segurança pública, de informação adequada e de educação, ou ainda, por responsabilidade da família e/ou da escola, contribuindo para que se acabe com o hábito natural das pessoas: “exercitarem-se”. Programas de incentivo à prática de atividade física precisam ser estimulados por políticas públicas. O ato de exercitar-se precisa estar incorporado não somente ao cotidiano das pessoas, mas também à cultura popular, aos tratamentos médicos, ao planejamento da família e à educação infantil. Essa necessidade se dá por diferentes fatores: do fator social, quando se proporciona ao homem o direito de estar ativo fisicamente em grupo, ao fator econômico, quando se constata que os custos com saúde individual e coletiva caem em populações fisicamente ativas. Devido às perceptíveis mudanças observadas no estilo de vida da população, especialmente na forma com que a atividade física é aplicada em funções empregatícias caracterizadas por níveis cada vez maiores de hipocinesia, estudos vêm sendo realizados com o intuito de associar o exercício físico ao aprimoramento da funcionalidade laboral, bem como, à aquisição de um completo estado de bem-estar. (BLABER, 2005 & SKOGLUND, 2007). No caso da Instituição Militar não é diferente, tendo-se pesquisas desenvolvidas com as mesmas perspectivas investigativas (FAFF et al. 2000, FRIEDL 2002 e 2005), demonstrado que vem aumentando os níveis de sedentarismo neste público. Com relação as Instituições Militares, as diversas valências físicas e o desenvolvimento dos valores de VO2máx mostram-se como um procedimento de suma importância, uma vez que indivíduos melhor condicionados aerobicamente tendem a obter um melhor desempenho na realização de tarefas físicas que necessitam de altos graus de atenção e concentração (DIAS et al., 2005). Então a avaliação é a primeira providência nesta mudança de comportamento, tanto para o incremento de uma melhor qualidade de vida, quanto, sob a ótica do trabalho policial, de fomento a aptidão física adequada as demandas físicas próprias à atividade Policial Militar, pois será baseado nesses resultados que será estruturado o programa de exercício individualizado. Isso porque a avaliação nada mais é que uma coleta de dados, que permitirá que seja traçado o perfil físico de cada pessoa. Ela detecta qual o nível de condicionamento e aptidão física, além de explicitar as características fisiológicas de cada um. Em linhas gerais, a avaliação mede as limitações e potencialidades das pessoas. Contudo, a avaliação física, no caso em questão relacionada a aplicação do Teste de Aptidão Física (TAF), não se destina apenas ao início do treinamento. É importante que esses testes sejam realizados periodicamente porque eles são capazes de comprovar os progressos conquistados na atividade física. A primeira fase da avaliação física é chamada de anamnese, e consiste na busca de informações quanto ao histórico de saúde do avaliado, relacionado sobre eventuais problemas de saúde que já ocorreram, como por exemplo, se já foi submetido a qualquer cirurgia ou se atualmente faz algum tratamento médico que mereça uma atenção diferenciada. Além disso, é interessante o educador físico responsável por cada segmento da Instituição, ter ciência do histórico da prática de exercícios do indivíduo avaliado para que possa personalizar o treinamento adequado a cada um. Em seguida, ter-se-à a submissão a alguns testes físicos, institucionalmente os integrantes do TAF. A avaliação física poderá ainda distinguir os percentuais de gordura, músculos e densidade óssea do avaliado, pois ao conhecer o percentual de gordura - e determinar o percentual indicado para cada indivíduo - poderá ser medida a necessidade da perda de gordura ou não, ou ainda, indicar as regiões do corpo precisam receber atenção especial. Outros medidas compõe este conjunto de informações destinadas a subsidiar e indicar o melhor treinamento ao avaliado, tais como peso, altura, dobras cutâneas etc. Pode-se, com isso por exemplo, calcular o percentagem de gordura do indivíduo, tendo-se científico indicador de qual a quantidade de massa muscular que se faz necessária aquisição. Programas de promoção à saúde servem como catalisadores de comportamentos saudáveis, estimulando outras mudanças. Somente o trabalho, mesmo que demande alguma atividade física, não consegue cumprir esse papel catalisador e tem potencial limitado para essas mudanças e, além do mais, sabemos que nem toda a população está engajada em um trabalho fisicamente ativo. Serão os dados coletados na avaliação física, principalmente por meio do TAF, que permitirão que o programa de exercícios seja seguro, exclusivo e, por isso mesmo, mais eficiente. Desta maneira, os resultados alcançados com o treinamento tendem a ser melhores, proporcionando grande satisfação ao praticante de uma educação física devidamente orientada.

Objetivos da PME SP na aplicaçao de testes de aptidão fisica

1) Analisar cientificamente a condição física do homem por meio dos testes que compõem o TAF, relacionados às qualidades físicas necessárias e às características do serviço Policial Militar;
2) Detectar as deficiências da atual condição física da tropa para adoção de treinamentos específicos;
3) Obter as informações necessárias para delinear o planejamento de condicionamento físico aplicável na Instituição. Ou seja, o TAF tem por finalidade avaliar a condição física do Policial Militar, visando a adoção de medidas para o fomento e manutenção de condicionamento físico adequado ao trabalho policial. Além disto, muito mais que a mera tabulação de dados e resultados, presta-se também como um instrumento de motivação à prática de educação física pela percepção individual do estado físico geral, quer pela expectativa da avaliação em questão, quer pela constatação de um estado de condicionamento físico, por vezes aquém do imaginado.

Dos testes de aptidão física (TAF) em espécie

Na Polícia Militar do Estado de São Paulo os Testes de Aptidão Física são previstos e regulamentados no Programa Padrão de Treinamento Policial Militar - Testes de Aptidão Física (TAF) e Prática de Treinamento Físico na Polícia Militar do Estado de São Paulo (PPT-4-PM) de 21 de maio de 2002, Anexo do Boletim Geral PM Nº 143/02 (com algumas alterações subsequentes), que revogou a D-4-PM (Diretriz para Aplicação do Teste de Aptidão Física “TAF” da Polícia Militar), publicada no Boletim Geral PM 080/98, 1ª Edição, e as outras disposições em contrário. Dos tipos de TAF a serem aplicados, instituídos pelo PPT-4-PM: 1) Teste de Aptidão Física - 1 (TAF-1): destinado à seleção de candidatos a ingresso no Curso de Formação de Oficiais (CFO), no Quadro de Oficiais de Saúde (QOS) e Curso de Formação de Soldados (CFSd);
2) Teste de Aptidão Física - 2 (TAF-2): destinado à seleção de policiais militares, na condição de candidatos aos cursos e estágios de interesse da PMESP, sendo os testes selecionados em função das peculiaridades dos cursos ou estágios visados;
3) Teste de Aptidão Física - 3 (TAF-3): destinado à avaliação do nível de condicionamento físico do policial militar, visando a adoção de procedimentos para seu treinamento, bem como é pré-requisito para as inscrições em cursos e estágios de interesse da PMESP; e
4) Teste de Aptidão Física - 4 (TAF-4): destinado à avaliação do nível de condicionamento físico, de forma alternativa, dos policiais militares aptos para o serviço policial militar, entretanto, sujeitos à restrições de ordem médica.
Tal norma criou estes 04 (quatro) tipos de Testes de Aptidão Física regulamentando ainda a forma de aplicação de cada qual; seus objetivos; a quem se destinam; objetivos; competências e responsabilidades. É oportuno destacar que no âmbito interno de seleção para frequência em cursos e estágios da Instituição (TAF – 2) a mesma norma regulamenta e estipula os Testes de Aptidão Física para: Seleção de candidatos ao Curso de Formação de Oficiais (CFO); Seleção de candidatos ao Quadro de Oficiais de Saúde (QOS) e Curso de Formação de Soldados (CFSd); Seleção de Policiais Militares candidatos aos cursos e estágios do Corpo de Bombeiros (CB); do Grupamento Aéreo (GRPAe); Policiamento Ambiental (CPAmb); Curso de Operações Especiais (COE); Cursos e Estágios do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE); Cursos de Instrutor e Monitor de Educação Física (CIEF e CMEF); e ainda os Testes alternativos para policiais militares na condição de “aprovados com restrição médica”. Em seus termos, prevê que toda submissão a um Teste de Aptidão Física deve ser antecedido de uma avaliação médica, visando identificar eventuais problemas de saúde que contra-indiquem a realização de um teste de esforço físico máximo que é o caso do TAF.

Dos testes de aptidão física para ingresso (TAF - 1)

No que interessa a presente pesquisa é importante saber que a Polícia Militar do Estado de São Paulo conta atualmente com 87.401 Policiais Militares ativos, 42.322 inativos e com efetivo fixado pela Lei Complementar do Estado de São Paulo nº 995/06 (somente ativos) em 93.070 Policiais Militares em seus respectivos quadros, responsáveis pelo policiamento ostensivo fardado e em outras funções ligadas diretamente a segurança pública e ao bem estar da sociedade no Estado de São Paulo, um dos maiores agrupamentos humanos do planeta. Visando completar-se os quadros do efetivo da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que em 17 de julho de 2009, era de 5.669 policiais como já visto, sendo este número constantemente alterado com a passagem para inatividade de policiais da ativa, falecimentos, pedidos de desligamento, entre outros, ingressam na Corporação anualmente centenas de jovens voluntários, que são submetidos a inúmeros testes, entre eles, de conhecimentos gerais, psicológicos, de saúde e físicos. Destas inúmeras avaliações mencionadas, seguindo-se o cerne deste estudo, destacamos o Teste de Aptidão Física para Ingresso (TAF - 1), que é realizado em dia único e composto pelas seguintes provas que a seu tempo serão melhor detalhadas: 1) Flexão e extensão de cotovelos na barra fixa para homens, e flexão e extensão de cotovelos com apoio de frente sobre o solo, apoiando os joelhos sobre banco de 30 (trinta) centímetros de altura, para mulheres (Destinado a aferição da Resistência Muscular Localizada e Força dos Membros Superiores); 2) Resistência abdominal, em decúbito dorsal - tipo remador (Destinada a aferição da Resistência Muscular Localizada da musculatura abdominal); 3) Corrida de 50 (cinquenta) metros (Destinada a aferição da capacidade de aceleração – velocidade); 4) Corrida em 12 (doze) minutos (Destinada a aferição da condição cárdio-respiratória do candidato - resistência aeróbia). Estas provas destinam-se a verificar o grau de condicionamento físico geral do candidato, dentro de um padrão mínimo necessário ao exercício da profissão, uma vez que a capacidade de trabalho está diretamente ligada ao bem-estar do indivíduo e não permanece satisfatória ao longo da vida, sendo afetada por diversos fatores, como: o estilo de vida, a aptidão física e o ambiente de trabalho. Os benefícios de um estilo de vida adequado para a saúde e para a qualidade de vida estão bem documentados na literatura (BLAIR, 1995). De maneira semelhante, a aptidão física, principalmente a relacionada à saúde constitui importante fator de proteção contra doenças crônicas degenerativas (BOUCHARD, 2003). Para o vestibular da APMBB (CFO) exige-se ainda testes de habilidades específicas, que devem ser aplicados na ordem abaixo estabelecida, para ambos os sexos: 1) natação - 50 metros em estilo crawl ou costas; 2) agilidade; e 3) salto em distância. Os testes previstos, tanto os de condicionamento físico geral, bem como os de habilidades específicas, têm caráter eliminatório. O candidato considerado reprovado em qualquer teste, ficará impedido de prosseguir nos demais; São requisitos para aprovação nos testes de condicionamento físico geral a obtenção de pelo menos 201 (duzentos e um) pontos na somatória geral (para o TAF), bem como índice mínimo de 20 (vinte) pontos em cada teste de habilidades específicas e somente serão considerados válidos os resultados dos testes que tiverem sido realizados integralmente em um mesmo dia; Todos estes testes seguem protocolo predeterminado em edital. Para ingresso na Instituição no Quadro de Oficial de Saúde, recentemente os editais que regulamentam tais concursos estabelecem ao TAF o caráter meramente “classificatório” e não mais “eliminatório” como era antigamente, podendo o candidato com idade supeiror a 36 (trinta e seis) anos, na prova de flexão e extensão de cotovelo em barra fixa, optar pela de flexão e extensão de cotovelos com apoio de frente sobre o solo. Já para ingressar na Instituição na condição de Soldado 2ª Classe os candidatos submetem-se aos mesmos testes do TAF para ingresso no CFO, com caráter meramente “eliminatório”, abaixo detalhados: 1) Flexão e extensão de cotovelos 1.1) em suspensão na barra fixa: A barra deve estar instalada a uma altura suficiente para que o avaliado, mantenha-se pendurado com os cotovelos em extensão, e não tenha contato dos pés com o solo. A posição da pegada é pronada e correspondente a distância biacromial. Após assumir, o avaliado tentará elevar seu corpo até que o seu queixo passe acima do nível da barra e então retornar seu corpo a posição inicial. 1.2) ) flexão e extensão de cotovelos com apoio de frente sobre o solo, apoiando os joelhos sobre banco de 30 (trinta) cm de altura – Feminino O avaliado se posiciona sobre o solo, em decúbito ventral, com o corpo ereto, mãos espalmadas apoiadas no solo, indicadores paralelos voltados para a frente, braços estendidos com abertura entre as mãos um pouco maior que a largura biacromial, pernas estendidas e unidas e joelhos apoiados sobre um banco de 30 (trinta) cm de altura, dentro de uma faixa de 10 (dez) cm medidos a partir da borda do banco mais próxima do tronco do avaliado. À voz de comando "Iniciar o teste", o avaliado flexionará os cotovelos, levando o tórax a aproximadamente cinco centímetros do solo, não devendo haver nenhum contato do corpo com o solo, exceto as palmas das mãos, devendo em seguida estender os cotovelos totalmente, novamente, ocasião em que completa um movimento, podendo dar início a nova repetição. O corpo deve permanecer ereto durante o teste, sendo que no caso de haver contato de outra parte do corpo, exceto as palmas das mãos, com o solo, durante sua execução, ou ainda a elevação ou abaixamento dos quadris com o intuito de descansar, a contagem será imediatamente interrompida, sendo consideradas tão somente as repetições corretas executadas até aquele momento. O objetivo do teste é verificar o número de repetições corretas que o avaliado é capaz de executar continuamente. Durante eventuais interrupções do ritmo de execução, o avaliado deverá permanecer na posição inicial, com braços estendidos. A maior ou menor proximidade entre os cotovelos e o tronco durante a fase de flexão de cotovelos fica a critério do avaliado; 1.3) flexão e extensão de cotovelos com apoio de frente sobre os solo (opcional para homens a partir de 36 anos, inclusive) O avaliado se posiciona sobre o solo, em decúbito ventral, com o corpo ereto, mãos espalmadas apoiadas no solo, indicadores paralelos voltados para a frente, braços estendidos com abertura entre as mãos um pouco maior que a largura biacromial, pernas estendidas e unidas e pontas dos pés tocando o solo. À voz de comando "Iniciar o Teste", o avaliado flexionará os cotovelos, levando o tórax a aproximadamente cinco centímetros do solo, não devendo haver nenhum contato do corpo com o solo, exceto as pontas dos pés e as palmas das mãos, devendo em seguida estender os cotovelos totalmente, novamente, ocasião em que completa um movimento, podendo dar início a nova repetição. O corpo deve permanecer ereto durante o teste, sendo que no caso de haver contato dos joelhos, quadris ou tórax com o solo durante sua execução, ou ainda a elevação ou abaixamento dos quadris com o intuito de descansar, a contagem será imediatamente interrompida, sendo consideradas tão somente as repetições corretas executadas até aquele momento. O objetivo do teste é verificar o número de repetições corretas que o avaliado é capaz de executar continuamente, sem limite de tempo. A maior ou menor proximidade entre os cotovelos e o tronco durante a fase de flexão de cotovelos fica a critério do avaliado; O movimento é repetido tantas vezes quanto possível, sem limite de tempo. Será contado o número de movimentos completados corretamente; Os cotovelos devem estar em extensão total para o inicio do movimento de flexão; Não será permitido repouso entre um movimento e outro e a extensão deve ser dinâmica; Será permitida somente uma tentativa, a não ser que o avaliado seja prejudicado por algum motivo de ordem técnica, após análise da banca examinadora da Escola de Educação Física da PMESP. 2) Resistência abdominal, em decúbito dorsal (tipo remador): O avaliado coloca-se em decúbito dorsal com o corpo completamente estendido, tendo os braços no prolongamento do corpo. O avaliado por contração de musculatura abdominal, curva-se a posição sentada, flexionando simultaneamente os joelhos, pelo menos até o nível em que ocorra a passagem dos braços estendidos e paralelos ao solo, ao lado dos joelhos, tomando-se por base os cotovelos, os quais devem ultrapassar a linha formada pelos joelhos retornando o avaliado a posição inicial (decúbito dorsal) até que toque o solo com as mãos. A partir dessa posição iniciar novo movimento; O teste é iniciado com as palavras "Atenção!, já!" e finalizado com a palavra "Pare!". O número de movimentos executados corretamente em 60 (sessenta) segundos será o resultado. O cronometro é acionado no "Já!!!" e travado no "Pare!!!"; O repouso entre os movimentos é permitido, entretanto, o objetivo do teste é tentar realizar o maior número de execuções possíveis em 60 (sessenta) segundos. Os movimentos incompletos não serão computados; 3) Teste Corrida de 50 (cinqüenta) metros: Este é um teste máximo, ou seja, deve ser realizado na máxima velocidade e passar a faixa de chegada também na máxima velocidade; A posição de saída em afastamento antero posterior das pernas e com o pé da frente o mais próximo possível da faixa. A voz de comando será pelas palavras "Atenção!, Já!", sendo acionado o cronometro no momento que for pronunciado "Já!" e parado no momento em que o avaliado cruzar o peito na faixa de chegada. Caso ocorra qualquer problema no teste e este tenha que ser repetido, haverá um intervalo mínimo de 5 (cinco) minutos. O avaliado, ao realizar o teste deverá estar trajando calção, camiseta e tênis. Será permitida apenas uma tentativa, e o resultado do teste será o tempo de percurso dos 50 metros com precisão de centésimo de segundo; 4) Teste de Corrida em 12 Minutos: Para a realização do teste, orienta-se que ao avaliado ter feito sua refeição com uma precedência de 2 (duas) horas com relação a realização do teste e aqueles que fumam não devem ter fumado pelo menos 2 (duas) horas antes do teste; O teste tem como objetivo fazer o avaliado percorrer a maior distância possível em 12 minutos, sendo permitido o andar durante o teste; O início do teste se faz sob a voz de comando "Atenção!, Já!", acionando o cronometro concomitantemente, e será dado um apito breve de orientação no décimo minuto, antes do apito final, e o término do teste se faz com um apito longo no 12º minuto;

Dos testes de aptidão física para seleção de todos os policiais militares candidatos aos cursos da PME SP

Como já dito, o TAF-2 é utilizado para a seleção de todos os policiais militares, na condição de candidatos aos cursos ou estágios de interesse da PMESP, quer sejam internamente, em outras Polícias Militares, ou ainda em entidades públicas ou privadas no Brasil ou no exterior, sem prejuízo das eventuais exigências físicas estabelecidas pelo órgão responsável pelo concurso, com tabelas e regras próprias, na seguinte forma: 1) Para seleção de candidatos para o CBO e CBS, no âmbito do corpo de bombeiros: O TAF para os policiais militares, na condição de candidatos ao CBO e CBS, subdivide-se em testes de condicionamento físico geral e teste de habilidade específica, ambos com caráter eliminatório: Os testes de condicionamento físico geral, que devem ser aplicados na ordem abaixo estabelecida, para ambos os sexos, são os seguintes: a) subida no cabo vertical; b) resistência abdominal - teste abdominal, em decúbito dorsal, tipo remador; e c) resistência aeróbica - corrida em 12 minutos. Já o teste de habilidade específica, que deve ser aplicado para ambos os sexos é o de natação - 100 metros; 2) Para seleção de candidatos aos Cursos de Salvamento Aquático, Mergulho Autônomo e Estágio de Guarda Vidas, com caráter eliminatório, no âmbito do corpo de bombeiros: O TAF para os policiais militares, na condição de candidatos aos Cursos de Salvamento Aquático, Mergulho Autônomo e Estágio de Guarda Vidas, subdivide-se em testes de condicionamento físico geral e teste de habilidade específica. Os testes de condicionamento físico geral são os mesmos aplicados ao CBO e CBS já mencionados. O teste de habilidade específica, que deve ser aplicado para ambos os sexos é o teste de natação - 400 metros. 3) Para seleção de candidatos ao Curso de Salvamento em Altura, com caráter eliminatório, no âmbito do corpo de bombeiros: O TAF para os policiais militares, na condição de candidatos ao Curso de Salvamento em Altura, subdivide-se em testes de condicionamento físico geral e teste de habilidade específica: a) os testes de condicionamento físico geral são os mesmos aplicados ao CBO e CBS, Cursos de Salvamento Aquático, Mergulho Autônomo e Estágio de Guarda Vidas; e b) o teste de habilidade específica, que deve ser aplicado para ambos os sexos, é o comando-crawl, com subida de bombeiro. As instruções para aplicação do teste de habilidade específica - comando-crawl, com subida de bombeiro: o objetivo do teste é aferir o deslocamento do avaliado sobre um cabo horizontal, medindo entre 06 e 12 metros de comprimento, utilizando-se da técnica de comando-crawl, com emprego da subida de bombeiro. 4) Da seleção de candidatos aos cursos e estágios do GRPAe, com caráter eliminatório e classificatório: O TAF para os policiais militares, na condição de candidatos aos cursos e estágios do GRPAe, subdivide-se em testes de condicionamento físico geral e testes de habilidades específicas; Os testes de condicionamento físico geral, que devem ser realizados na ordem abaixo estabelecida, para ambos os sexos, são os seguintes: a) subida no cabo vertical; b) resistência abdominal - teste abdominal, em decúbito dorsal, tipo remador; c) velocidade - corrida em 40 (quarenta) segundos; e d) resistência aeróbica - corrida em 12 minutos. Já os testes de habilidades específicas, que devem ser realizados na ordem que se segue, para ambos os sexos são: a) natação - 100 (cem) metros (um dos quatro estilos oficiais); e b) travessia em altura no pórtico. 5) Da seleção de candidatos aos cursos e estágios do CPAmb, com caráter eliminatório: O TAF para os policiais militares, na condição de candidatos aos cursos e estágios do CPAmb, subdivide-se em testes de condicionamento físico geral e testes de habilidades específicas; Os testes de condicionamento físico geral, são as mesmas provas do TAF de Manutenção (TAF – 3). Os testes de habilidades específicas, que devem ser aplicados na ordem que segue, são os seguintes: a) natação - 50 metros; e b) flutuabilidade. 6) Da seleção de candidatos aos cursos e estágios do COE, com caráter eliminatório e classificatório: O TAF para os policiais militares, na condição de candidatos aos cursos e estágios do COE, subdivide-se em testes de condicionamento físico geral e testes de habilidades específicas. Os testes de condicionamento físico geral, que devem ser realizados na ordem abaixo estabelecida, são os seguintes: a) avaliação de força de membros superiores: a.1) flexão e extensão de cotovelos na barra fixa, obrigatório para homens até 35 (trinta e cinco) anos, inclusive; ou a.2) flexão e extensão de cotovelos com apoio de frente sobre o solo, para homens a partir de 36 (trinta e seis) anos, inclusive (o candidato pode optar pelo teste de flexão e extensão de cotovelos na barra fixa); e a.3) flexão e extensão de cotovelos com apoio de frente sobre o solo, apoiando os joelhos sobre o banco de 30 (trinta) cm de altura, para mulheres. b) resistência abdominal - teste abdominal, em decúbito dorsal, tipo remador, para ambos os sexos; c) velocidade - corrida em 40 (quarenta) segundos, para ambos os sexos; e d) resistência aeróbica - corrida de 4.000 metros, para ambos os sexos. Os testes de habilidades específicas, que devem ser aplicados na ordem que se segue, para ambos os sexos, são os seguintes com suas respectivas instruções: a) pista de aplicação prática: para ser aprovado, o candidato deverá transpor os obstáculos da pista e perfazer, pelo menos, a pontuação mínima, equivalente a 70 (setenta) pontos; b) natação 200 metros: para ser aprovado, o candidato deverá nadar 200 (duzentos) metros, dentro dos limites máximos de tempo previstos; c) flutuabilidade: o candidato deverá manter-se na água, em flutuação, durante 15 (quinze) minutos, conforme descrito no protocolo de aplicação do teste; d) travessia em altura no pórtico: o candidato deverá realizar a travessia em altura em um pórtico apropriado; e e) subida no cabo vertical: o candidato deverá alcançar a altura mínima, de 5,0 (cinco) metros, correspondente a 70 (setenta) pontos, conforme a tabela. 7) Da seleção de candidatos aos cursos e estágios do GATE, que possuem caráter eliminatório e classificatório: O TAF para os policiais militares, na condição de candidatos aos cursos e estágios do GATE subdivide-se em testes de condicionamento físico geral e testes de habilidades específicas; Os testes de condicionamento físico geral, que devem ser realizados na ordem que se segue, para ambos os sexos: a) subida no cabo vertical; b)resistência abdominal - teste abdominal, em decúbito dorsal, tipo remador; c) velocidade - corrida em 40 (quarenta) segundos; e d) resistência aeróbica - corrida de 4.000 metros. Os testes de habilidades específicas, que devem ser realizados na ordem abaixo estabelecida, para ambos os sexos, são os seguintes: a) natação - 200 (duzentos) metros; e b) travessia em altura no pórtico. 8) Da seleção de candidatos ao CIEF e CMEF, que possuem caráter eliminatório: O TAF para os policiais militares, na condição de candidatos ao CIEF e CMEF obedecerá às seguintes etapas, além das demais normas previstas nas NPCE e no edital de concurso: a) apresentação de resultados de exames médico-odontológicos, nos quais o candidato tenha sido considerado apto para fazer os testes previstos no concurso; b) apresentação do resultado do TAF-3, que precedeu à inscrição, realizado na própria OPM e com parecer "aprovado", cabendo ao OTF de tal OPM a total responsabilidade pela fidedignidade do resultado apresentado, em relação ao momento de inscrição para o concurso; c) aplicação de testes de condicionamento físico geral: c.1) corrida de 100 metros rasos; c.2) arremesso de peso; c.3) salto em distância; c.4) corrida de 50 metros com saco de areia; c.5) subida na corda lisa; c.6) salto em altura; e c.6) corrida em 12 minutos. d) aplicação dos testes de habilidades específicas: d.1) basquetebol; d.2) voleibol; d.3) rotina de solo e barra; d.4) natação; e d.6) futebol. 9) Da seleção de policiais militares, na condição de candidatos aos demais cursos e estágios não previstos de forma específica neste programa padrão de treinamento: Os testes de condicionamento físico geral, são as mesmas provas do TAF de Manutenção (TAF – 3). Para fins da realização do TAF-2, na forma estabelecida nos 9 (nove) itens supra, não se admitem resultados do TAF-4.

Dos testes de aptidão física de manutenção (TAF-3)

Feitas as avaliações físicas para ingresso na Polícia Militar do Estado de São Paulo, os níveis de condicionamento físico são aferidos, em regra, em todos os Policiais Militares por meio da aplicação do Teste de Aptidão Física de Manutenção (TAF – 3), com objetivo de, além de verificar o estado atual de condicionamento físico da “Tropa”, verificar as melhores estratégias de treinamento e eventuais implementações e/ou alterações nas políticas de treinamento físico da Instituição. Estas aferições seguem a um protocolo de atuação sob responsabilidade do Oficial Regimental de Educação Física de cada Unidade da Instituição, auxiliado por outros Policiais Militares formados em Educação Física, avaliação esta anual, diferenciando-se basicamente das provas para ingresso (TAF-1), em seu primeiro teste (Flexão e extensão de cotovelos em suspensão na barra fixa), facultando-se aos Policiais Militares masculinos com idades de 36 anos ou mais, a possibilidade em optar-se pela flexão de cotovelo sobre o solo. O TAF-3, como já dito, deve ser aplicado anualmente em todo o contingente policial militar da ativa, para avaliação do seu nível de condicionamento físico e seus resultados, enviados à Escola de Educação Física até o último dia útil do mês de dezembro, por meio do sistema informatizado em vigor. Deve ainda ser realizado por ocasião da realização de cursos e estágios, sendo pré-requisito para as respectivas inscrições. O TAF-3 a ser aplicado em todo contingente Policial Militar é composto pelos mesmos testes de condicionamento físico geral para ingresso na Instituição (TAF – 1), ou seja: a) avaliação de membros superiores: a.1) flexão e extensão de cotovelos na barra fixa, obrigatório para homens até 35 (trinta e cinco) anos, inclusive; ou a.2) flexão e extensão de cotovelos com apoio de frente sobre o solo, para homens a partir de 36 (trinta e seis) anos, inclusive (o avaliado pode optar pelo teste de flexão e extensão de cotovelos na barra fixa); e a.3) flexão e extensão de cotovelos com apoio de frente sobre o solo, apoiando os joelhos sobre o banco de 30 (trinta) centímetros de altura, para mulheres. b) resistência abdominal - teste abdominal, em decúbito dorsal, tipo remador, para ambos os sexos; c) velocidade - corrida de 50 metros, para ambos os sexos; e d) resistência aeróbica - corrida em 12 minutos, para ambos os sexos. São requisitos para aprovação no TAF-3 a obtenção de pelo menos 201 (duzentos e um) pontos na somatória geral, bem como o índice mínimo de 10 (dez) pontos em cada teste, nos termos de tabela própria. O policial militar reprovado no TAF-3 poderá ser novamente avaliado, após submeter-se à programa de condicionamento físico, que vise suprir suas deficiências.

Dos testes de aptidão física para policiais militares aptos ao serviço, mas com restrições médicas (TAF - 4)

O TAF-4 destina-se a avaliar o nível de condicionamento físico de policiais militares aptos para o serviço policial militar, entretanto sujeitos à restrições médicas. Sua aplicação deve ser precedida de rigoroso exame médico, em cujo parecer favorável, o médico responsável indicará expressamente em qual categoria de TAF-4 deverá ser submetido , em função de suas limitações Tal avaliação tem por objetivo estabelecer a capacidade de tais policiais para o exercício de determinadas funções na Polícia Militar, de acordo com suas condições restritas de saúde física. Para fins de definição do TAF-4 a ser aplicado, os policiais militares são classificados, de acordo com suas limitações, nas seguintes categorias: a) lesões em membros superiores; b) lesões em membros inferiores; c) problemas na coluna vertebral; e d) problemas cardíacos. As policiais militares gestantes, enquanto aptas para o serviço policial militar, serão avaliadas e autorizadas ou não, por médico da PMESP, a realizarem o TAF. O policial militar, impedido por restrição médica, de ser submetido ao TAF-3, poderá optar por ser submetido ao TAF-4, sendo que esses resultados devem ser remetidos à Escola de Educação Física, juntamente com os resultados do TAF-3; A aprovação no TAF-4 gerará os mesmos efeitos para o TAF-3, somente; e não será aplicado outro TAF alternativo, diverso dos existentes neste programa padrão de treinamento, em policial militar que, em virtude de suas restrições médicas, não conseguirem realizar nenhum dos TAF-4 previstos. Os testes componentes dos TAF-4, estabelecidos de acordo com as restrições médicas dos policiais militares são os seguintes: a) para policiais militares, de ambos os sexos, com lesões em membros superiores: a.1) resistência abdominal - teste abdominal, em decúbito dorsal, tipo remador, para ambos os sexos; a.2) resistência aeróbica (corrida em 12 minutos ou teste cicloergométrico “Protocolo de Bruce”). Critérios para aprovação - obter, no mínimo, 101 (cento e um) pontos na somatória das pontuações dos dois testes e, pelo menos, 10 (dez) pontos em cada um deles. b) para policiais militares com lesões em membros inferiores: b.1) resistência abdominal - teste abdominal, em decúbito dorsal, tipo remador, para ambos os sexos; b.2) avaliação de força de membros superiores: b.2.1) flexão e extensão de cotovelos na barra fixa, obrigatório para homens até 35 (trinta e cinco) anos, inclusive; ou b.2.2) flexão e extensão de cotovelos com apoio de frente sobre o solo, para homens a partir de 36 (trinta e seis) anos, inclusive ( o avaliado pode optar pelo teste de flexão e extensão de cotovelos na barra fixa); e b.2.3) flexão e extensão de cotovelos com apoio de frente sobre o solo, apoiando os joelhos sobre o banco de 30 (trinta) cm de altura, para mulheres. b.3) cooper aquático; e Critérios para aprovação - obter, no mínimo, 151 (cento e cinquenta e um) pontos na somatória das pontuações dos três testes e, pelo menos, 10 (dez) pontos em cada um deles. c) para policiais militares, de ambos os sexos, com problemas na coluna vertebral: cooper aquático; Critérios para aprovação - obter, no mínimo, 51 (cinqüenta e um ) pontos no teste. d) para policiais militares, de ambos os sexos, com problemas cardíacos: teste ergométrico, na esteira ou bicicleta, monitorizado eletrocardiograficamente e com acompanhamento médico; Critérios para aprovação - parecer médico após análise do resultado obtido no teste, no qual deverão ser esclarecidas as limitações impostas ao avaliado, bem como sua aptidão ou não para o desempenho da atividade visada. O policial militar reprovado no TAF-4, a critério do Oficial médico responsável, poderá ser reavaliado, em até 30 (trinta) dias após a realização do último teste aplicado.

Consideraçoes gerais

Toda aplicação de TAF deverá ser precedida de exame médico, realizado por médico da PMESP, por ocasião de Inspeção de Saúde ou em outra ocasião. Tais exames têm, em princípio, validade anual e devem ser realizados em conformidade com o contido nos editais de concurso e as normas baixadas pelo C Med. A aplicação de TAF deverá ser precedida de aquecimento a fim de que sejam evitadas lesões durante a realização dos testes e, encerrada por meio de sessão de alongamento, cuja finalidade é prevenir a ocorrência de dores musculares, após os testes. Serão conduzidos o aquecimento, bem como, o alongamento por policiais militares com formação em educação física. Nas seleções o aquecimento e sessão de alongamento ficarão a cargo do candidato, não sendo obrigado a realizá-los. Toda aplicação de TAF deve ser precedida de aquecimento a fim de serem evitadas lesões durante a realização dos testes e, encerrada por meio de sessão de alongamento, a fim de prevenir a ocorrência de dores musculares, após os testes. Tanto o aquecimento como o alongamento deve ser conduzido por policiais militares com formação em educação física. Nas seleções, o aquecimento e sessão de alongamento ficarão a cargo do candidato, não sendo obrigado a realizá-los; A aplicação de TAF deverá, em princípio, ser precedida de programas de treinamento físico individualizados, elaborados pelos instrutores e/ou monitores de educação física das respectivas OPM. O treinamento físico deverá ser realizado em caráter obrigatório em todas as OPM, de acordo com planejamento próprio, recomendando-se três vezes por semana. As sessões terão duração, em média, de 50 (cinquenta) minutos da seguinte forma: aquecimento 5 (cinco) minutos; treinamento físico 25 (vinte e cinco) minutos; técnicas de defesa pessoal 10 (dez) minutos; e volta à calma, através de atividades recreativas ou desportivas 10 (dez) minutos. Todos os policiais militares deverão, obrigatoriamente, ser avaliados periodicamente através do TAF. Os resultados do TAF periódico deverão ser enviados à Escola de Educação Física, por meio do sistema informatizado em vigor, até o último dia útil do mês de Dezembro. Todos os policiais militares submetidos ao TAF deverão ser cientificados dos resultados obtidos e submetidos a treinamento específico e intensivo, visando a melhoria de seu desempenho nas avaliações seguintes, mediante o planejamento do Oficial de Treinamento Físico (OTF) da OPM. Como “Medidas Preventivas na Aplicação do TAF”, seguindo as recomendações da Universidade Federal de São Paulo (Escola Paulista de Medicina - Departamento de Medicina Desportiva), tendo como base publicações científicas e protocolos tradicionais em ergometria, suas aplicações práticas versus protocolo de rampa. Rev. Soc. Cardiologia de SP. 2001; 3: 519-528, o Policial Militar deverá atentar para as seguintes recomendações antes de sua submissão ao TAF: 1) chegar com 30 (trinta) minutos de antecedência; 2) não fazer atividades físicas no dia do teste e tampouco no dia que o anteceda; 3) não ingerir bebidas alcoólicas, chá, café, chocolates e refrigerantes; 4) estar hidratado, até porque a hidratação deve ser uma preocupação constante nos praticantes de atividades físicas ou ocupacionais que exijam esforço físico, sabendo-se que a desidratação pode prejudicar em muito o desempenho, até colocando em risco a própria saúde do indivíduo; 5) não realizar o teste em jejum, sendo importante fazer uma refeição leve entre duas e três horas antes do teste, bem como obrigatoriamente observar um intervalo mínimo de duas horas após as refeições principais (jantar e/ou almoço); 6) utilizar uniforme de educação física: camiseta regata, shorts, tênis e meia de algodão; 7) não ter saído de serviço noturno, bem como ser observado pelo aplicador tempo mínimo de repouso de 24 horas, após serviço operacional, o que permite a recuperação fisiológica adequada do profissional, sedimentado nos princípios do treinamento desportivo. É de responsabilidade da Escola de Educação Física da Polícia Militar do Estado de São Paulo, por meio de seus educadores físicos, analisar os dados da Instituição e assessorar o Comando da Corporação quanto as melhores estratégias e políticas na área de treinamento físico.